terça-feira, 25 de julho de 2017

"A Revolução dos Bichos" de George Orwell - Resenha

Olá internautas, aqui estou eu novamente, após aquela "sumida" básica, que com certeza não estava planejada, porém foi arquitetada pelos meus afazeres que consomem meu tempo (que dramático). Em fim, eu resolvi voltar ao blog após umas leituras bem proveitosas e espero que vocês gostem.

O livro de hoje é "Revolução dos Bichos" de George Orwell, que nada mais é do que um dos maiores escritores do século XX e sem sombra de dúvida conseguiu em suas obras descrever uma realidade que em um primeiro contato pode parecer exagerada ou que extrapola os limites da distopia, mas que é, infelizmente, cada vez menos virtual.
O livro conta de uma forma simples o processo de revolução e vivência desta na Granja do Solar, fomentada pelos ideais de um porco chamado Major. Em seu discurso o mesmo enuncia, de uma forma símile socialismo de Marx, que os animais não deveriam conformar-se com a opressão vivida há anos por eles e que por consequência, era mister que houvesse uma luta contra os seres de duas pernas - o homem -, para  que assim, uma sociedade dos bichos pudesse ser constituída.
O ideal acaba acontecendo e os revolucionários conseguem o que querem, já na liderança de duas figuras bem distintas, Napoleão e Bola-de-Neve. Esses dois porcos acabam entrando em conflito por questões de desenvolvimento mas é ai que então Napoleão acaba por dar um golpe e Bola-de-Neve é escorraçado da granja.

Sem mais revelações, a história de uma certa forma é desenvolvida a partir disso, todavia o que é mais interessante nisso tudo é a maneira magnifica e sem complicações que a comparação feita por Orwell se manifesta. Mormente, é necessário saber que toda essa linda alegoria escrita foi inspirada na União Soviética. O autor se identificava com as ideias socialistas pois já tinha convivido com a classe operária britânica, no entanto a face totalitária que era perceptível na URSS era considerada por ele um erro para o movimento. É assim, que cada bicho representa os personagens desde a Revolução Russa até o ápice do Stalinismo.
Napoleão é a face tirânica; Garganta o manipulador de informações (para mim um dos piores elementos desse regime); Sansão e o resto da granja, os manipulados; os cachorros, a opressão escancarada e muitos outros elementos como por exemplo a revolta das galinhas que representa os indivíduos que já veem que nem tudo na revolução é bom.

O interessante e assustador após esse entendimento, é que certos atos e episódios nesse livro parecem se tornar bem próximos à nós, tanto no âmbito internacional como no nacional. Essa obra deveria ser uma lembrança de um passado que não voltasse mais. Contudo se o mundo tem se visto próximo à essa alegoria, que usemos isso para sempre lembramos de combater essa face que ainda insiste em aparecer na humanidade. Orwell já nos avisou.

Que nós possamos combater a tão temida e, não tão distante, sociedade orwelliana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário